POTENCIALIDADES FARMACOLÓGICAS DE Punica granatum L. (ROMÃZEIRA) NA SAÚDE HUMANA: UMA ATUALIZAÇÃO

Resumo

Dentre as espécies medicinais cujo uso e pesquisa são fomentados pelo governo federal brasileiro, tendo em vista o interesse de uso na atenção básica, destaca-se Punica granatum, conhecida popularmente no Brasil como romã. Este trabalho tem o propósito de identificar, reunir e analisar criticamente dados relevantes na literatura sobre os aspectos farmacológicos desta espécie historicamente consumida em virtude de seus benefícios à saúde, mas que continua atraindo o interesse como uma espécie potencial na fitoterapia moderna. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando-se como base de dados o PubMed, na busca por artigos nos últimos dez anos. A análise dos dados foi baseada nas recomendações do protocolo PRISMA, dividida em três etapas para inclusão dos artigos, com base na leitura dos títulos, resumos para triagem e texto completo. Observou-se que as folhas, as flores, os frutos e as sementes de Punica granatum são amplamente utilizadas na medicina popular devido ao seu amplo potencial terapêutico. Estudos de toxicidade revelam que a espécie pode ser considerada não tóxica. As diversas atividades apresentadas são resultantes da presença de altos teores de polifenois em seus tecidos que compõem o fitocomplexo. Muitos artigos científicos foram publicados de maneira crescente nos últimos dez anos, comprovando suas atividades farmacológicas, onde a maioria tem focado nas atividades antioxidante, antibacteriana, anticâncer e anti-inflamatória da planta. Diante dos resultados apresentados, verifica-se que esta trata-se de uma espécie exótica, com múltiplas atividades farmacológicas comprovadas, tornando-a uma fonte promissora de biomoléculas a ser utilizada na potencial elaboração de fitoterápicos.