Avaliação de Conhecimento da Técnica de Intubação em Sequência Rápida por Plantonistas de uma UTI em Hospital Terciário
Palavras-chave:
Intubação, cuidados críticos, educação médicaResumo
Fundamentos: A intubação em sequência rápida (ISR) é amplamente indicada em procedimentos anestésicos na urgência e emergência, nos pacientes com jejum incompleto e em obstetrícia. Porém, a ISR tradicional sofreu variação com o tempo e a prática médica, o que impediu a criação de um protocolo padrão para ISR.
Objetivo: Avaliar na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Miguel Arraes se existe padronização na forma de realizar a indução em sequência rápida e se está de acordo com a literatura.
Métodos: O presente estudo caracterizou-se como observacional, descritivo e transversal. O campo da pesquisa foi o setor de terapia intensiva do Hospital Miguel Arraes, unidade que está localizada no município de Paulista/Pernambuco. A pesquisa foi conduzida de forma censitária. A coleta de dados se deu em um questionário semiestruturado junto aos médicos, constituído por 16 perguntas ao todo, estas se encontram divididas em 3 partes: avaliação da formação, conhecimento da técnica e prática.
Resultados: Sobre a avaliação do conhecimento da técnica de intubação em sequência rápida, 22 (70,9%) disseram que insuficiência respiratória era indicação mais comum de intubação em sequência rápida, 6 (19,5%) que a mais comum era rebaixamento de nível de consciência, 2 (6,5%) que era instabilidade hemodinâmica e apenas 6 (19,4%) escolheram ‟estômago cheio ‟como principal indicação para técnica.
Conclusão: Apesar de pacientes críticos apresentarem grande possibilidade de estômago cheio frente a necessidade de via aérea definitiva traqueal, vemos que os médicos plantonistas da UTI estudada podem confundir o método de intubação em sequência rápida.
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